Lesões mais comuns no Jiu-Jitsu estão ligadas às articulações (Foto Eduardo Ferreira)
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Quais as lesões mais comuns no Jiu-Jitsu?
Pelo fato do Jiu-Jitsu ter como base a alavanca, a maioria são lesões articulares, ou seja, estão associadas às articulações. São torções, luxações, etc. Eventualmente pode acontecer algo diferente, mas pelo Jiu-Jitsu não ter o componente traumático, são basicamente articulares.
Como prevenir lesões em treinos e lutas?
Quanto mais técnico o atleta for, mais vai conseguir prevenir as lesões. Quando o lutador é um faixa-preta ou já tem certo conhecimento, ele sabe qual é o mecanismo correto dos movimentos. O principal é conhecer a técnica para aplicá-la da forma correta. Outro ponto é não segurar finalizações, principalmente as de maior risco, como o bate-estaca, por exemplo, que atinge diretamente a cervical, e a chave de perna, muito perigosa para os ligamentos. Em caso de rompimento o tempo de recuperação estimado é de quatro a seis meses.
Lesão como a de Anderson é considera rara no MMA, e ainda mais no Jiu-Jitsu (Foto UFC)
Como acelerar o processo de recuperação?
A primeira coisa a se fazer é o diagnóstico. Muitos acham que não é nada, que vai melhorar, e acabam não procurando um médico. Sempre que se tem alguma lesão que não melhore em um curto espaço de tempo é preciso ir ao médico, no caso do Jiu-Jitsu mais o ortopedista. Se a lesão não for cirúrgica, o melhor para a recuperação é um trabalho bem feito de fisioterapia. Hoje em dia inclusive discute-se muito o papel preventivo da fisioterapia, com muitas grandes equipes – tanto de Jiu-Jitsu como de MMA – possuindo seus próprios fisioterapeutas.
Diferenças entre as lesões de Jiu-Jitsu e MMA
São bem diferentes. Enquanto no Jiu-Jitsu as articulações acabam mais prejudicadas, no MMA você tem o componente traumático, principalmente por conta da trocação. São muitas lesões nas mãos, geralmente a parte do corpo mais usada para desferir os golpes, no rosto, cotovelo, entre outras. Fraturas também são comuns, mas não como a do Anderson Silva. Aquilo é algo raro, não acontece todo dia. Geralmente são fraturas no pé, nas mãos ou no tronco.
Fonte: TATAME
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